12 February 2008

Florbela Espanca

Sem remédio

Aqueles que me tem muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a dor
A minha porta, e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto esse pavor.
Esse frio que anda em mim, e gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e vou!!
Sinto os passos da dor, essa cadência
Que já é tortura infinda, que é demência!
Que já é vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angustia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

1 Leitores:

Lays said...

:D obrigada pelo comentário no meu blog.
aquele flickr eu já conheço, é ótimo né? hehe beijos!